No último sábado, 20 de julho, a Associação Paulista de Medicina reuniu membros da Diretoria e delegados da capital e do interior para a realização da Assembleia Extraordinária de Delegados. A reunião foi pautada pela autorização para a venda de três imóveis da APM, localizados nos municípios de Catanduva, Lins e Mogi das Cruzes, além de assuntos informativos da classe.
A mesa foi composta pelo presidente da Associação, Antonio José Gonçalves, e pelo presidente da Assembleia de Delegados, Adnan Neser, que conduziu os pareceres acompanhado pela primeira secretária Ana Cristina Ribeiro Zolner e pelo segundo secretário substituto Valter Castelli Júnior.
O diretor de Patrimônio e Finanças, Florisval Meinão, prestou as devidas explicações a respeito das alienações. Ele relembrou que o imóvel de Catanduva foi a razão pela qual a Assembleia foi convocada, uma vez que, nele, já há uma proposta de compra. “Nós estamos aproveitando e colocando a situação de dois outros imóveis, que também estão desocupados, para obter uma autorização para venda.”
Segundo Meinão, a Regional de Catanduva possui somente 29 associados e não está mais localizada na propriedade mencionada, que está deteriorada. “Uma das razões pelas quais a sede não está sendo utilizada é que com o que arrecadam, não têm condições de manter a estrutura, então foi fechada. Mas já temos uma proposta de compra, que negociamos.”
Ele também salientou que os imóveis de Lins e Mogi das Cruzes sofrem com o mesmo problema, uma vez que estão deteriorados e desocupados – chegando até a já terem sofrido invasões. No entanto, por terem sido terrenos doados pelas prefeituras dos municípios, pode existir um fator complicador no sentido de contestar as eventuais propostas de vendas, que ainda não são concretas. “O que estamos pedindo é a autorização para vender, se surgir um comprador. Nós vamos analisar a proposta do ponto de vista financeiro e trabalhar junto à prefeitura para que o processo seja feito sem conflitos”, indicou.
No caso de Mogi das Cruzes, o médico pontuou que o imóvel está muito bem localizado, em bairro residencial, mas que não há recursos o suficiente que possibilitem o mantimento da sede. “A ideia é ou de vender, se surgir uma boa proposta, ou de construir um edifício, eventualmente residencial, com duas entradas. Dá para fazer uma parte para a Associação e um edifício residencial que, se a APM ficar com uma parte desses apartamentos, terá recursos financeiros para manter a instituição. A proposta ainda não está finalizada, mas precisamos da autorização de venda para que possamos encaminhar o melhor tipo de negociação.”
Em seguida, a assessora jurídica da Associação Paulista de Medicina, Francine Curtolo, informou de que forma é juridicamente realizado o processo de compra e venda de um terreno doado pela prefeitura. “Existe a possibilidade de a APM estar se defendendo em caso de eventual ação judicial proposta pelo município. Nós podemos utilizar a via administrativa de conversa com o prefeito da cidade e com a Câmara Municipal para não ter uma medida judicial, porém, caso haja, a meu ver, existe uma possibilidade de teses defensáveis em favor da APM.”
Meinão relembrou de um caso semelhante, ocorrido em Guaratinguetá, em que também havia um terreno doado pela prefeitura e que a Regional foi desativada. O processo para colocar o imóvel a venda foi realizado por meio de conversas com o então prefeito e, assim, possibilitou a obtenção de um acordo sobre a venda.
Interesses da classe
Após a alienação dos imóveis ser aprovada em unanimidade pelos delegados presentes, os médicos seguiram para a segunda pauta do dia, referente aos assuntos informativos da Diretoria, de interesse da classe médica. O presidente Antonio José Gonçalves relembrou a atuação da APM diante da aprovação do Decreto 11.999 – agora, 12.062. “Eu queria compartilhar algumas informações a respeito do que está acontecendo no movimento médico do Brasil e do Estado.”
O médico recordou a série de reuniões que a instituição tem feito com parlamentares e as visitas a Brasília para defender a prática da Medicina de qualidade. Além disso, também evidenciou os trabalhos feitos nos variados departamentos da entidade no intuito de melhorar a captação e os serviços oferecidos.
“O nosso foco principal é o aumento no número de associados e todas as nossas ações estão sendo dirigidas para isso. Estamos revisando contratos e procurando novos planos, treinando o nosso pessoal para que os médicos tenham respostas rápidas. Nós temos procurado patrocínios e precisamos tomar atitudes para evitar déficits e manter a nossa sustentabilidade e das nossas Regionais, então precisamos de apoio”, complementou.