Quando a Sociedade Médica de São Bernardo foi fundada em novembro de 1958, época em que os poucos médicos da cidade podiam conversar sentados no meio-fio da Rua Marechal Deodoro, as necessidades da classe não tinham a complexidade da atualidade. A cidade mudou, cresceu e se transformou em um dinâmico centro urbano. Da mesma forma, cresceram as demandas sobre o profissional médico. Contudo, a imagem de nossos colegas de 1958 sentados na calçada bebericando um café ou uma cerveja deve ser preservada em nossas memórias. Os primeiros médicos a atender na cidade, que idealizaram a Sociedade Médica, foram: Enzo Ferrari, Eduardo Ferrari Netto, Eugênio Takeshita, Manuel Luis Alves, Hugo Heigten, Gabriel Nicolau, Paulo Meloni, Humberto Porrino, Benedicto M. Baptista da Luz, Attilio Santucci e Ramiro Stelmak.

A principal finalidade da criação da Sociedade Médica era unir em eventos sociais os poucos médicos da região. Entretanto, as mudanças na sociedade, na gestão da saúde e na própria prática médica, que se sofisticou e se especializou, ampliaram e diversificaram as atividades da Sociedade Médica. A entidade passou a ter uma atuação mais incisiva na sociedade civil e na vida política da cidade, lutando pela defesa profissional e por uma saúde de qualidade para a população. A Sociedade Médica, nascida em conversas descontraídas de médicos no final de um dia de trabalho, anos mais tarde, em 07 de março de 1995, sob a presidência do dr. Luiz Carlos João, se transformaria na Associação Paulista de Medicina – Regional de São Bernardo do Campo/Diadema.

Hoje, a atuação da APM SBC/D, uma entidade sem fins lucrativos, é muito mais ampla, posicionando-se, de forma firme e intransigente, na defesa profissional do médico, bem como manifestando-se publicamente em relação às iniciativas do governo na área da saúde, além de trazer para debate temas de interesse da classe, orientar a população sobre cuidados com a saúde e estimular a atualização profissional.