Ministério da Saúde afirmou que vai reduzir o intervalo entre as doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela Pfizer
Em entrevista nesta terça-feira (27), o infectologista Marcelo Otsuka afirmou que quanto menor for o intervalo de tempo entre a aplicação da primeira e segunda dose da Pfizer, melhor será o combate contra as variantes do novo coronavírus.
O Ministério da Saúde afirmou na segunda (26) que vai reduzir o intervalo entre as doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela Pfizer. O prazo para tomar a segunda dose cairia de três meses para 21 dias, como estabelece a própria bula e é adotado em alguns países. O governo, porém, afirmou que ainda avalia quando isso começa a valer.
“Quanto mais rapidamente completamos o esquema vacinal, melhor vamos ter resposta, e queremos que a resposta seja o mais abrangente possível. Então, fazer a segunda dose após 21 dias será melhor. É lógico que se demorasse mais tempo para [a aplicação da] segunda dose poderia atingir uma resposta final melhor, mas, neste momento, é [é preciso] melhorar agora a resposta, o mais rapidamente possível porque já o vírus e as variantes circulando”, explicou o médico.
Segundo Otsuka, estudos realmente apontam que há um aumento da eficácia do imunizante quando o intervalo entre as doses é maior. Por outro lado, ao fazer um intervalo de três semanas, mais pessoas terão a cobertura vacinal completa mais rapidamente.
“Quando [recebo] a primeira dose, eu tenho uma resposta imunológica, que demora um tempo para ser atingida, normalmente uns 15 dias. E ela [a resposta imunológica] só vai ser ampliada após a segunda dose. Portanto, se eu demoro mais para receber a segunda dose, vou ter uma resposta final melhor. Agora, se eu recebo [a segunda dose] mais rápido, eu tenho uma resposta mais rápida, só que não vai ser tão melhor como se eu fosse postergar um pouco a segunda dose.”
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/07/27/intervalo-menor-entre-as-doses-e-melhor-contra-variantes-diz-infectologista