Conselho Brasileiro de Oftalmologia esclarece à população sobre o Retinoblastoma

Gostaríamos de parabenizar e agradecer ao casal Tiago Leifert e Daiana Garbin pela coragem de compartilhar sua história com o público em geral.
Ao compartilhar esta história eles fizeram com que pais e, até mesmo, pediatras se atentassem para a importância do exame precoce das crianças.

Quem trabalha com Oftalmopediatria sentem a resistência dos pais em passar no oftalmopediatria e, principalmente, em dilatar os olhinhos dos bebês. Tenho certeza que a partir de agora os pais já chegarão solicitando que seja feito o exame do fundo de olho.


E lembrando que adultos também podem ter tumores malignos no fundo do olho e que se detectados precocemente podem ser tratados!
Estamos todos em oração pelo sucesso no tratamento dos retinoblastomas da Lua.


Você sabe o que é Retinoblastoma? O tumor ao qual a filha do Thiago Leifert está.

O retinoblastoma é o tumor intraocular primário mais comumente encontrado na infância e representa 3% de todos os tumores infantis. É também o segundo tumor maligno intraocular mais comum.

A quimioterapia intra-arterial é uma técnica minimamente invasiva que tem se mostrado bastante efetiva no tratamento do retinoblastoma.

A técnica é conhecida no tratamento de tumores gástricos, de pâncreas, de cabeça e pescoço, e tornou-se uma alternativa muito eficaz no tratamento do retinoblastoma, pois tem menos efeitos colaterais e possibilita salvar o olho da criança, além de sua visão. Infelizmente, muitos casos ainda são diagnosticados tardiamente, levando à enucleação (retirada do olho) ou até a morte.

A técnica pode ser considerada bem menos agressiva quando comparada ao tratamento convencional do retinoblastoma, por estar em contato direto com a artéria que nutre o olho, o que permite a administração de doses muito menores de medicamentos. Dessa forma, os efeitos colaterais são mínimos.

De acordo com Sidnei Epelman, presidente da Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer), oncologista pediatra e diretor do serviço de oncologia pediátrica do Hospital Santa Marcelina (SP), devido ao diagnóstico tardio em muitos casos, a medida mais comum para tratar o tumor é a enucleação.

“A quimioterapia intra-arterial traz a possibilidade de salvar o olho do paciente, a visão e ainda erradicar o retorno do tumor. É um privilégio ter a possibilidade de conseguir não só curar, mas salvar o olho da criança”, completa.

O percentual de olhos salvos com a utilização dessa técnica é da ordem de 70%, o que comprova a eficácia do tratamento.

Fonte: UOL


Oftalmologistas alertam população sobre cuidados com a saúde ocular das crianças, em especial sobre o risco de retinoblastoma!

A recente divulgação de um problema de saúde, infelizmente envolvendo a filha do jornalista Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin, abriu espaço nos meios de comunicação para falar sobre o retinoblastoma, um tipo raro de tumor intraocular maligno que, nesta modalidade, é o mais comum entre as crianças.

Assim, cientes da importância de dar acesso a informações fidedignas, com validade científica e relevantes à todos, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica
(SBOP) oferecem os seguintes esclarecimentos:

1) O diagnóstico precoce desta forma de tumor, cuja origem está associada a fatores genéticos, é o melhor caminho para garantir seu tratamento adequado;


2) Neste sentido, o início dos cuidados começa ainda na maternidade, onde todo recém-nascido deve ser submetido ao Teste do Olhinho (teste do reflexo vermelho) até 72 horas de vida, sendo este o primeiro
passo para a detecção de doenças oculares;


3) Após essa abordagem inicial, o Teste do Olhinho dever ser repetido pelo pediatra ao menos três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida da criança;


4) Na identificação de qualquer anormalidade, o paciente deve ser encaminhado para consulta com oftalmologista que aprofundará a investigação;


5) Para ampliar a proteção da saúde ocular das crianças, recomenda-se ainda que bebês de seis a 12 meses passem por um exame oftalmológico completo;


6) Posteriormente, entre três (idealmente) e cinco anos esse mesmo bebê deve ser submetido a uma segunda avaliação oftalmológica;


7) Estes exames oftalmológicos completos são fundamentais para detecção precoce de problemas oculares que afetam a saúde ocular da população pediátrica;


8) Em caso de confirmação de diagnóstico de retinoblastoma, a criança iniciará tratamento que depende de vários fatores (localização e o tamanho do tumor, disseminação além do olho e possibilidade de preservação da visão);


9) Na condução de casos de retinoblastoma podem ser adotados diferentes procedimentos, como quimioterapia (intravenosa, intra-arterial, periocular e intraocular), terapia focal e métodos cirúrgicos;

Para outras informações sobre o retinoblastoma e acessar o esclarecimento na íntegra, clique aqui para acessar o site SBOP.

Por: Departamento de Oftalmologia da Associação Paulista de Medicina Regional SBC/D – Dra. Sandra Cayres Naufal

Fonte: UOL e CBO

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